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terça-feira, novembro 28, 2006

Deep Purple no Programa do Jô

O Deep Purple, que está de turnê novamente pelo Brasil, foi a atração do Programa do Jô da madrugada de hoje. Mostrando muita simpatia e algumas rugas, o grupo se apresentou com uma formação quase que original, composta por Ian Gillan nos vocais, Roger Glover no baixo, Steve Morse na guitarra, Ian Paice na bateira e Don Airey nos teclados.A turnê serve para a divulgação do álbum “Rapture of the Deep”, lançado no ano passado.

O ponto negativo da noite foi a falta de assunto e a inconveniência de Jô Soares em comandar a entrevista, que falou quase nada sobre a banda ou sobre rock e insistiu com perguntas sobre futebol, cricket e outras coisas nada a ver. A conversa serviu mais para o megalômalo Jô treinar seu inglês do que para satisfazer os fãs da banda que acompanharam o programa.

Pra fechar a noite, os ingleses tocaram “Rapture from the Deep” para salvar aqueles que agüentaram até tarde o “gordinho” dissertando baboseiras em inglês. A banda faz shows nas cidades de Porto Alegre (25/11), Curitiba (26/11), São Paulo (28 e 29/11), Rio de Janeiro (1/12) e Vitória (2/12).



Acompanhe o vídeo de "Rapture from the Deep"




domingo, novembro 26, 2006

Dica da Semana - Green Day - Dookie (1994)

Tenho que concordar com meus amigos quando eles dizem que o Green Day esta ficando “emo”. Após músicas como “Boulevard of Broken Dreams” a postura da banda ficou meio suspeita mesmo fazendo canções de protesto como "American Idiot".

Lançado em 1994, o álbum “Dookie” é a obra-prima do Green Day, superando outros bons álbuns como “Kerplunk” e “Nimrod”. As duas composições mais famosas do trio, “Basket Case” e “She”, que dispensam comentários, estão no álbum que trata de temas totalmente relacionados a adolescência.

Em “Chump” a letra expressa como o adolescente culpa os outros por seus medos e fracassos pessoais: “I don't know you / But, I thik I hate you/ You're the reason for my misery / Strange how you've my biggest enemy / And I've never even seen you face.”

A transposição de algumas faixas acompanhada pela boa batida do baixo de Tré Cool e a bateria de Mike Dirnt fazem com que algumas músicas pareçam linkadas ou parte da mesma história.

“Is she Ultra-violent? / Is she disturbed ?/ I better tell her I love her / Before she does it all over again / Oh God, she's killing me /” é o refrão de “Pulling Teeth”, que conta a história de um rapaz que possui uma namorada violenta e autoritária.

O álbum é linear e segue uma linha bem definida dentro da proposta de música adolescente. O trio californiano formado em 1989 conta ainda com “When I Come Around” e “Welcome to Paradise”, essa última que já aparece no álbum “Kerplunk” de 1992, que se tornaram músicas quase sempre presentes em seus shows.

A quebrada no gelo fica por conta de “F.O.D.”, que significa “Fuck off and die”, uma balada mais calma no estilo “Good Riddance”, mas com umas pitadas de guitarras distorcidas no refrão. Quando você pensa que essa era a última música, eis que aos 4:09 uma música escondida aparece do nada. É “All by Myself”, cantada apenas em voz e violão por Dirnt e que não faz parte dos créditos.

Dookie é melhor álbum do Green Day e uma das melhores compilações do punk adolescente dos anos 90.

Faixas


1-"Burnout"
2-"Having A Blast"
3-"Chump"
4-"Longview"
5-"Welcome to Paradise"
6-"Pulling Teeth"
7-"Basket Case"
8-"She"
9-"Sassafras Roots"
10-"When I Come Around"
11-"Coming Clean"
12-"Emenius Sleepus
13-"In The End"
14-"F.O.D."

quinta-feira, novembro 23, 2006

O rock vira curso de faculdade no sul

Quando você pensa que já viu de tudo nessa vida, algo surge para que provar que ainda há muito o que aprender. E falando em aprender, você já pensou em fazer uma faculdade de rock?

Pois é, a Unisinos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, abriu 40 vagas para o curso de Formadores de Músicos e Produtores de Rock que começa o ano que vem e terá duração letiva de dois anos. A idéia partiu do roqueiro gaúcho Frank Jorge, líder da banda Graforréia Xilarmônica, ícone do underground brasileiro do início dos anos 90.

“Quem se inscreveu no vestibular vai se dedicar, vai ter que estudar. Nisso, não difere de outro curso”, declara Frank Jorge ao jornal "A Cidade" de Ribeirão Preto, indicando que o aluno que optar pelo curso não terá vida fácil na Faculdade. A pretensão do curso é formar profissionais que possam produzir e conduzir carreiras musicais, além de ter a capacidade de discorrer sobre a história do rock.

Conhecer os novos recursos midiaticos e se ajustar às ferramentas tecnológicas como a internet também são ideais do curso, que não terá reconhecimento do MEC mas que permitirá ao formando ter um conhecimento total sobre a música, tanto do ponto de vista prático como teórico.

Por mais assustadora que possa parecer, a iniciativa é interessante visto que hoje temos cursos das mais variadas áreas como a Faculdade da Viola da USP Ribeirão Preto ou a Faculdade de Enologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, permitindo que sejam abertas várias novas vagas no mercado de trabalho.

Quem se interessar em saber mais sobre o curso pode acessar o link abaixo:

segunda-feira, novembro 20, 2006

O negro no rock

Neto do blues e filho do rockabilly, o rock and roll se constituiu através da mistura de ritmos como o blues, o R&B e gospel, todos eles de origem escrava e com forte teor contestador, e aos poucos foi segregando as culturas branca e negra de forma a tornar o estilo musical quase que homogeneamente branco.

Essa braquinização do rock se deu por volta do final dos anos 50 e início dos 60, quando estouraram nomes como Bill Halley, Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, e grupos como os Beatles, Beach Boys e Rolling Stones.

O Blues, batida cadenciada e irreverente surgida do sul dos Estados Unidos durante a Guerra Civil Norte-Americana, trazia junto ao seu ritmo, letras profundas e com forte teor de sofrimento, amor, trabalho e luta do povo escravo contra a opressão.

O negro William Christopher Handy, que se auto-intitulava como “pai do blues”, em meados de 1903 compôs músicas que viriam a ser clássicos do estilo como “St Louis Blues” e “Yellow Dog Blues” ambas falando da escravidão e do sofrimento de seu povo. Seguindo a tradição, entre 1920 e 1930, surgiram de Chicago e do delta do Mississipi nomes como Chaley Patton, Blind William Jhonson, Bo Carter e os estupendos Robert Johnson (foto acima) e Muddy Waters, que disseminaram o blues pelos Estados Unidos de tal forma que as gravadoras, que investiam pesado no jazz e nos musicais, passaram a olhar com mais atenção para músicos negros e “caipiras”.

Já nos anos 50, o blues ganha mais ritmo nas guitarras de B.B. King, Chuck Berry e Little Richard e no piano de Ray Charles, ganhando, assim, status de novo estilo musical ao ser chamado de “ryhthm & blues” ou “dance blues”. O gospel, estilo que privilegiava a voz independentemente da instrumentação, sai das igrejas e ganha notoriedade com grupos como os “Teenagers” de Frank Lymon(foto abaixo) e o “The Platters”.

Da mistura de todos esses estilos surge o rock and roll, que explode em aceitação por jovens que buscavam uma voz para expressar sua insatisfação com a política, com a economia, com a opressão e consigo mesmo. Por mais que os negros estivessem em alta, a necessidade das gravadoras em atingir um público cada vez maior, baseado na sociedade economicamente ativa, fez com que a mídia criasse uma relação muito forte entre o rock e o artista branco.

Daí pra frente, o branco incorpora o rock e toma como seu, como um posseiro que ganha as terras do estado por “usucapião”. Ele se torna o representante do rock e do próprio blues, agora tocado pelos Yardbirds, Cream, Beatles ou Rolling Stones e dá a Elvis Presley o título de “deus do rock”.

Como o rock é transgressor, contestador e polêmico, ele de forma alguma poderia ser monoteísta. Em 1967 o mundo passa a conhecer o som das guitarras distorcidas de um “deus negro” nascido em Seatlle, cujo primeiro contrato firmado com um produtor foi no valor de U$1,00. Seu nome: Jimmy Hendix (foto).

Canhoto, Hendrix tocava sua guitarra ao contrário e com as cordas invertidas além de entortar notas através de sua “Strat”, alavanca patenteada posteriormente pela Fender para distorcer o som. Símbolo do movimento hippie, eternizou o Festival de Woodstock ao tocar “Star Splanged Banner” distorcendo as cordas de seu instrumento de forma a soarem como metralhadoras e bombas, alusão á Guerra do Vietnã.

Depois de sua morte poucos roqueiros negros surgiram. Alguns tocaram junto ao Allmans Brothers e em outros grupos menores, mas de certa forma, os brancos dominaram o estilo. Não se encontra bandas de negros no progressivo, no heavy metal, no indie, no hard rock nem no country rock.

É possível encontrar referências como Lenny Kravitz, Ben Harper, Derrick Green, e Steve Wonder, porém não podem ser considerados roqueiros vigorosos ou de forte atuação no estilo, com exceção de Green que atua com virtuosismo nos vocais do Sepultura. A cultura negra se afastou, ou melhor, foi afastada do rock por causa de interesses de marketing, porém a história do rock nunca poderá ser contada sem que seja citada a cultura negra e sua legítima influência, doa a quem doer.

sábado, novembro 18, 2006

Dica da Semana - The Police - Outlandos d´ Amour (1979)


Era para ser um quarteto, mas a desistência de Henry Padovani em seguir com três artistas de excelente formação musical, baseada no jazz, ska e reggae, permitiu que o trio The Police se tornasse o maior nome do movimento new wave.

Padovani, além de ser um músico um pouco limitado, seguia uma linha que ia contra a proposta de Stewart Copland, Andy Summers e Sting de missigenizar o rock através da batida do ska e do reagge e a pompa do jazz sem tornar o som progressivo ou extremamente complexo.

Formado em 1977, o conjunto lança seu primeiro álbum em 1979 com o título de “Outlandos d´Amour”. Com composições criadas em sua maioria pelo baixista Sting, o trio logo chama a atenção com a balada que fala de um homem que se apaixona pela prostituta “Roxxane”: You dont have to sell your body to the night / Roxanne, you dont have to wear that dress tonight / Walk the streets for money / You dont care if its wrong or if its right. O sucesso da canção leva o grupo para o topo das paradas do Reino Unido e Austrália.

O ska , mistura entre o jazz e o rythm & blues norte-americano, e o reggae se mostram muito presentes em todo álbum, como em “Next You”, “Hole is My Life”,“Born in hte 50´s” e “Masoko Tanga”. O solo de “So Lonely” empolga embalado pelo ritmo e harmonia da melodia. Em “Be my Girl” o grupo insere frases e citações dentro da música lembrando um pouco Pink Floyd em “Eclipse”.

Outra composição que marca o disco e entra para a galeria das melhores do conjunto é “Can´t Stand Loosing You” que conta a história de outro amor complicado, o de uma garota atraída por seu professor: “Ive called you so many times today/ And I guess its all true what your girlfriends say / That you dont ever want to see me again / And your brothers going to kill me and hes six feet ten / I guess youd call it cowardice / But Im not prepared to go on like this”


Faixas

1. Next To You
2. So Lonely
3. Roxanne
4. Hole In My Life
5. Peanuts
6. Can't Stand Losing You
7. Truth Hits Everybody
8. Born In The 50's
9. Be My Girl - Sally
10. Masoko Tanga

quinta-feira, novembro 16, 2006

Os cabeças de Vento - The Airheads

Quem tiver a oportunidade de ficar acordado até a 1:00 da manhã para assistir o Intercine de hoje poderá acompanhar a divertida história dos “The Lone Rangers”, uma banda de rock que vai ao extremo da piração para que uma estação de rádio FM toque sua fita demo, fazendo os integrantes da rádio de reféns e causando uma enorme confusão dentro e fora dos estúdios.

O filme conta no elenco com Brandan Fraser (A Múmia) e Adam Sandler (O Paizão, Click) em começo de carreira. Completa o time Joe Montegna de “O Poderoso Chefão III”.

Lançado em 1994, é um filme com poucas pretensões mas interessante por tratar sobre o universo rock e a paixão dos roqueiros de plantão pela história da música. Diversão sossegada e com pitadas de bom rock and roll.

Rede Globo – Intercine – 1:00

segunda-feira, novembro 13, 2006

Rock Eletrônico

No dicionário, a palavra mutante significa algo que sofreu mutação, que apresenta características distintas de seus predecessores. O New Order possui todas essas características e por isso pode ser considerado um dos maiores mutantes da música.

Tudo começou na cinzenta Manchester em 1977. Os jovens Ian Curtis (vocais), Bernard Sumner (guitarra), Peter Hook (baixo) e Steve Morris (bateria) se juntaram diante do cenário underground da época para fazer um som que ia do punk ao indie, com fortes influências do Velvet Underground e David Bowie, daí surgiu o Joy Division.

Depressivo, morno ou angustiante, o som do Joy Division pode até receber esses rótulos, porém a contribuição que o vocalista e líder Ian Curtis (foto) e sua banda deu ao cenário musical da época foi imensa, influenciando conjuntos como The Cure e The Banshees e sendo um dos braços do surgimento do movimento new wave após o surgimento do New Order.

A melancolia fortemente presente em suas letras retratava a visão que Curtis tinha de sua existência, de como a solidão lhe incomodava e da procura por algo que nem ele sabia o que era, observado nos versos de “Shadowplay”: ´To the centre of the city where all roads meet, waiting for you/ To the depths of the ocean where all hopes sank, searching for you”.

Sua canção mais famosa, “Love Will Tear Us Apart”, foi lançada no seu segundo álbum “Closer” de 1980 e trata de um amor destrutivo, de algo que irá miná-lo até a morte:” Why is the bedroom so cold /Turned away on your side? / Is my timing that flawed,/ Our respect run so dry? Yet theres still this appeal/ That weve kept through our lives”.

Consumido pela depressão e forte uso de drogas, em maio de 1980 Curits se enforca com uma corda de varal e como em “In a Lonely Place”, onde vislumbra a paz em um lugar calmo e sem assombrações, o músico morre aos 23 anos de idade.

O que parecia ser o fim da banda se torna o motivo da mudança. Eis que ocorre a mutação, processo que transforma o cadenciado e triste Joy Division no alegre e eletrônico New Order (foto abaixo).


A “Nova Ordem” instituída principalmente por Bernard Sumner serviu para dar uma reviravolta no cenário musical do início dos anos 80, e a pioneira inserção de música eletrônico com o rock proporcionou ao grupo mais visualidade, pelo menos no universo pop, deixando para trás antigo quarteto que reverenciava a depressão.

O New Order ganhou cor e ares de banda pop e deixou para trás o cinza e sua essência punk, uma mescla de estilos que fez com que o grupo fosse adorado e ao mesmo tempo odiado pela crítica e pelos fãs do antigo Joy Division.

Seu primeiro trabalho, “Movement” de 1981, já revela uma outra face do grupo, agora com a presença de Gillian Gilbert no teclados, esposa de Stephen Morris, e Phil Cummings nos sintetizadores, algo inédito no mundo do rock.

A mutação não ficou apenas na sonoridade mas também no conteúdo das letras, compostas em sua maioria por Sumner, que tratavam de felicidade, paz e vida, porém a buscas por respostas ainda seria uma máxima do grupo como em “Bizarre Love Triangle” (“Every time I see you falling /I get down on my knees and pray /Im waiting for that final moment/ You say the words that I cant say”) ou “Blue Monday” (Tell me how do I feel/ Tell me now how do I feel”).

A batida eletrônica muita vezes deixa a dúvida se o som da banda é rock ou techno e é possível achar remanescentes diretos de sua dinastia como os Pet Shop Boys ou indiretos como R.E.M. e INXS. Até a ridícula tentativa de Diddy Ramone em virar rapper no começo dos anos 90 não se equipara a mudança radical na sonoridade que liga o Joy Division e o New Order.

Com vinte e seis anos de estrada, o grupo inglês desembarcou no Brasil para um série de shows nas cidades de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. Após dezoito anos de sua última exibição no país, Sumners, Morris, Cummings e Hook permanecem no conjunto que não empolga como nos anos 80, mas que sem dúvida causa nostalgia no público.

Pra quem não conhece ou não se lembra muito bem do trabalho dos caras de Manchester, o clipe "Bizarre Love Triangle" serve para refrescar a memória.




sexta-feira, novembro 10, 2006

Monte de Bossa se apresenta no Vibrasom

Na última terça feira, dia 07 de outubro, o trio Monte de Bossa participou da gravação do Vibrasom, programa de entrevistas desenvolvido pelos alunos do 3º ano de jornalismo da UNESP de Bauru que irá virar projeto para a TV Digital da Universidade.

Durante trinta minutos, o trio formado por João Paulo Biano, André Fonseca e Leandro Trípodi esbanjou simpatia para falar de sobre a história do Monte de Bossa e seus projetos futuros. Formado em 2005, o conjunto mescla em seu repertório composições de artistas de nossa MPB como Arnaldo Antunes, Rita Lee, Cássia Eller, Raul Seixas, Nando Reis entre outros nomes, fazendo um som que vai da bossa ao rock nacional.


Para os espectadores do programa, foi apresentada “Orkut”, composição do próprio trio que fala sobre a dependência das pessoas em interagir em sites pessoais e criar universos fictícios. Além de “Orkut”, o conjunto também tocou “Pagu” de Rita Lee e “E.C.T.” de Nando Reis, Marisa Monte e Carlinhos Brown.

Dentre os vários temas tratados, o “Projeto Eller”, sem dúvida, foi o principal foco da conversa devido sua importância tanto para a banda como para a música nacional. O projeto, que vêm sendo elaborado há cinco meses pelo grupo, visa resgatar a obra da cantora Cássia Eller e em uma memorável apresentação, lotou o Teatro Municipal de Bauru no dia 28 de setembro. A presença de músicos que tocaram ao lado de Eller durante sua carreira, como a percussionista Lan Lan, serviu para abrilhantar o espetáculo que têm pretensão de correr a região de Bauru e ganhar todo estado.


O programa Vibrasom contou com roteirização de Jônatas Assis, Arthur Kleiber e Maria Fernanda Rodrigues, técnica de Felipe Brisolla e André Augusto e apresentação de Alexandre Azank.

Um embrião que com muita vontade pode deixar de ser projeto para ganhar corpo e ingressar na programação da TV Web Digital da UNESP Bauru.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Dica da Semana - David Coverdale - David Coverdale´s Whitesnake (1976)

Logo após uma passagem muito proveitosa pelo Deep Purple (1973/1976), o cantor inglês David Coverdale acabou sendo demitido do grupo por problemas de convivência com o guitarrista Ritchie Balckmore e decidiu investir em sua carreira solo criando o David Coverdale´s Whitesnake.

Essa banda foi embrião do que veio a ser o Whitesanke, banda de hard rock conceituada principalmente nos anos 80, época em que estourou nas paradas com grandes sucessos como “Is this Love”, “Hero I go Again” e “Love ain´t no Strangers”

Em seu primeiro trabalho solo, Coverdale demonstra versatilidade e poderio vocal, marcas obtidas com “Burn”, “Soldier of Fortune” e “You Keep on Moving”, clássicos de sua passagem pelo Deep Purple.

“Lady” abre o álbum demonstrando de cara que o trabalho do cantor e compositor irá seguir a linha do “Deep Purple”, algo verificado também em “Whitesnake” e “Sunny Days”.

Caminhando entre o blues e o soul, “Goldies Place” e “Peace Lovi´n Man” ganharam a companhia de um coral para engrossar seu som. Já “Blindman” e “Hole in the Sky” são as baladas românticas, característica de todo álbum de Coverdale.

Ao lado de “Lady”, a outra grande composição deste trabalho é “Celebration”, que mistura ritmo e vocais em uma música dançante e envolvente.

Faixas

1. Lady 2. Blindman 3. Goldie's Place 4. Whitesnake 5. Time On My Side
6. Peace Lovin' Man 7. Sunny Days 8. Hole In The Sky 9. Celebration

quinta-feira, novembro 02, 2006

Poem History - Deep Purple


Era uma terra melancólica e isolada de todo o mundo. Lá, todos serviam a um rei tirano e assassino, conhecido por sua agilidade e rapidez com que usava sua espada para matar seus adversários (Speed King). Ele era conhecido como Rei Ted, o Mecânico, (Ted, The Mechanic) por destruir seus rivais como se fosse uma máquina de guerra.
Conta a lenda, que ele ficou frente a frente com os grandes demônios da Terra, e ao olhar diretamente no fundo dos olhos deles (Demon´s Eyes) foi tomado por uma força sobrenatural, passando a aniquilar e conquistar outras terras para servir ao reino das trevas. Seus olhos se tornaram vermelhos como o sangue e soltavam bolas de fogo (Fireball) contra seus inimigos. Era um tempo de guerras. Tempo de dor. Tempo para matar (Time to Kill).
A fumaça negra sobre as águas (Smoke on the Water) era um aviso que seu exército negro avançava queimando (Burn) tudo o que estava em seu caminho, matando inocentes e destronando seus rivais para transformá-los em escravos (Slaves & Masters).
Como as batalhas se tornaram constantes (The Battles Rages On), muitos fugiram para não serem mortos pelo rei Ted e assim, ele reinou soberano por muito tempo sem ter seu trono ameaçado por nenhum rival.
Após várias décadas de matança, em uma noite negra (Black Night), o silêncio (Hush) foi rompido por uma forte tempestade de relâmpagos (Stormbringer) nunca antes (Never Before) vista na Terra, acendendo os céus e chamando a atenção do rei.
De repente, um caminho brilhante se formou, uma espécie de avenida estrelada (Highway Star) que ligava o chão e as nuvens, iluminando e causando espanto em todo o reino.
Do seu alto, surgiu uma mulher muito bela (Anya) com um olhar enigmático e uma caixa nas mãos. Cinco soldados (Soldier of Fortune) montados em corcéis brancos a acompanhavam. Ela caminhou em direção ao palácio e entregou de forma gentil (Strange Kind of Women) a caixa para o rei.
Surpreso, o terrível tirano olhou para a mulher e não conseguiu ter nenhuma reação. Ela era seu imagem inversa, seu oposto. Perfeitos estranhos (Perfect Strangers) se encontrando entre a luz e a escuridão.
Ao abrir a caixa, um feixe de luz radiou perante os olhos de Ted vindo a cegá-lo instantaneamente. A reviravolta na história (Twist in the Tale) daquele homem impiedoso ocorria naquele momento. Ao mesmo tempo em que ficava cego, ele via passar em sua frente momentos de sua infância (Child in Time) e de quando era um guerreiro justo. O rei, que nunca chorou em sua vida, sentiu pela primeira vez uma lágrima descer pelo seu rosto (When the Blind Man Cries).
Seus olhos vermelhos se fecharam para sempre. Cego, o homem robusto e mal encarado se tornou um ser vulnerável e digno de pena. Primeiro sentou, depois se deitou (Lay Down, Stay Down) e, engolindo seu orgulho, ajoelhou pedindo perdão.
A bela mulher abriu um sorriso e lhe estendeu a mão. Levantou-o e o conduziu para o caminho de luz para onde foi sugado em direção a um templo de cor azulada (The House of Blue Light).
Seu arrependimento após anos de terror fez com que fosse perdoado, e assim, se tornou servo de Anya, deusa da luz e do perdão. Mesmo cego, têm a incumbência de proteger o livro sagrado do reino de Talyesin (The Book of Taliesyn) lutando contra e todo e qualquer mau que assola os homens.

Lenda Taliesyana

segunda-feira, outubro 30, 2006

Dica da Semana - Manowar - Battle Hymns (1982)

Saído das profundezas e da escuridão, o Heavy Metal têm sua origem ligada a um hard rock mais vigoroso com uma pitada de death punk e nessa mistura de “raças”, poucas bandas conseguiram sobreviver fazendo som forte e autêntico sem perder a personalidade como o Manowar.

Discute-se muito se a origem do heavy se deu através do Blakc Sabbath, de Alice Cooper, Iron Maiden ou do Lef End, porém em 1980 nascia uma banda que iria perpetuar as origens do estilo sem perder sua essência.

Com letras fortes, compostas principalmente pelo baixista Joey Demaio, o grupo traz histórias relacionadas a guerras, temas medievais, cerveja, mulheres e motos. Seu som pesado, recorde de 129 decibéis como a mais barulhenta do planeta, é impulsionado pelo bumbo mais rápido do mundo de Scott Columbus e guitarra irada de Karl Logan que substituiu o lendário Ross “The Boss”. Os vocais estridentes e inconfundíveis de Eric Adams o caracterizam como o “tenor” do heavy, sendo que o artista chegou até a gravar a clássica “Nessun Dorma” de Giaccomo Puccini, além de outras composições de forte poderio vocal.

A banda sempre se caracterizou em seus shows e nas capas de seus álbuns por uma postura que faz lembrar o guerreiro Conan, uma alusão à força e ao poder que o grupo tem em arrebentar com tudo através do seu som que oscila entre uma metralhadora furiosa e uma bateria antiaérea.

Em seu primeiro trabalho “Battle Hymns”, lançado em 1982, a banda saída de Nova York sai quebrando tudo e mostra ao mundo um novo estilo de fazer metal, diferente do Journey (considerado o metal da época), onde a força da bateria e do vocal não eram essenciais. O álbum conta com músicas que até hoje fazem parte do repertório de shows da banda, como “Metal Daze” e “Manowar” e ganha posto de clássico do rock através de um dos seus maiores sucessos “Battle Himns”. A marcante participação especial do diretor e produtor Orson Welles na narração de “Dark Avenger”, dá uma importância ainda maior ao som do Manowar e ao seu primeiro trabalho. Clássico do Heavy Metal, é um item indispensável para colecionadores e amantes do estilo.

Membros:

Eric Adams – Vocais
Joey Demaio – Baixo
Ross, “The Boss” - Guitarra
Donnie Hanzik - Bateria

sexta-feira, outubro 27, 2006

A galinha dos ovos de ouro

Poucos músicos conseguiram, ao longo de suas carreiras, definir uma meta e alcançar seus objetivos profissionais como Gregg Alexander. Com certeza você deve estar se perguntando: quem é esse tal de Gregg Alexander?
Bem, ele é o vocalista, compositor e líder dos New Radicals. Agora você se pergunta: mas essa banda não lançou apenas um álbum e fez sucesso só com a música “You Get What You Give”?

Tudo está correto, porém por traz da ilusão de que a banda foi um enorme fracasso ou se desfez por alguma briga ou falta de gravadora está a mente visionária de Gregg, que planejou montar uma banda, produzir seu próprio álbum e depois de tudo isso desfrutar a aposentadoria com milhões de dólares no bolso. O próprio sonho de adolescente.

Saído de Michigan, seu primeiro trabalho solo foi de pouca expressão, intitulado “Save Me From Myself”, de 1989. Em 1992, ele lança mais um álbum fraco, “Intoxifornication”. Descrente sobre sua carreira como cantor, o músico passa a compor para outros artistas da pop music como Belinda Carlisle, Melanie Williams. Fez músicas também para um conjunto californiano formado apenas por mulheres, o “The Bangles”, mas o desejo de ter sua própria banda sempre atormentava sua carreira.

Daí surge a idéia de juntar vários amigos músicos, desconhecidos do grande público, e formar um conjunto que viria a se chamar New Radicals. Seu projeto é levado para a MCA Records e Alexander faz a promessa de ganhar 1 milhão de dólares com um disco produzido por ele próprio. Mesmo não tendo uma boa aceitabilidade pelo público com seus dois primeiros trabalhos, a gravadora investe no álbum, e em 1998 é lançado “Maybe You've Been Brainwashed Tôo”, trabalho com um estilo pop rock bem definido e que em certos momentos faz lembrar o som dos australianos do INXS

De cara, o álbum coloca o New Radicals no topo das paradas musicais com “You Get What You Give", carro-chefe do cd, que consegue rapidamente ganhar disco de platina e alcançar o top 36 da Billboard e o top five no Reino Unido.

Com uma postura contestadora e irônica, Alexander expõe na música várias críticas ao show business e artistas do pop rock quando diz: “Give Fashion mag shoots/ With the aid of 8 dust brothers Beck, Hanson/ Courtney Love and Marilyn Manson/You're all fakes/ Run to your mansions” . Além disso, chuta o balde ao chamar todos pra briga: “Come around / We'll kick your ass in!”

Assim, os New Radicals entram para um grupo seleto formado por artistas que fizeram suceso com apenas uma música, os chamados “One Hit Wonders”. Ao seu lado estão Extreme, Oingo-Boingo, The Artchies, Europe, Survivor, porém se engana quem acredita que a banda teve apenas uma música famosa. “Someday We'll Know" foi uma balada mais leve que também agradou o público e sustentou as vendas do álbum por mais tempo.

Após várias cópias vendidas em todo o mundo, o visionário Gregg ficou realmente milionário e decidiu encerrar a banda para seguir projetos pessoais. A imprensa até cogitou um retorno dos New Radicals porém o músico agora se dedica apenas a compor em parceria a artistas renomados como Enrique Iglesias e Santana com que produziu "The Game of Love”, canção vencedora do Grammy de 2003.

Gregg Alexander e os New Radicals ganharam na loteria ao acertarem a fórmula para estourar na mídia através de sua pop music. Foi como dormir pobre e acordar endinheirado depois de um sonho envolvendo uma banda de rock e uma música contagiante. A banda se foi, mas sempre que “You Get What You Give" tocar, alguém irá se lembrar de um grupo de amigos que se juntaram para faturar um milhão de dólares e conseguiram até mais, escreveram seu nome na história da música.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Da queda à idolatria

Voar sempre pareceu algo corriqueiro para a maioria dos artistas que fazem shows em diferentes regiões e que não podem desperdiçar tempo para viajar de uma cidade para outra de ônibus ou trem. O meio de transporte mais seguro, rápido e eficaz já inventado pelo homem é muitas vezes a segunda casa de músicos que estão em turnê ou divulgam incessantemente seu trabalho.


Assim como o avião pode encurtar a distância entre dois pontos, ele também ocasionou tragédias que marcaram a história do rock e puseram um ponto final nas carreiras promissoras de alguns artistas.

A vinte e oito anos atrás uma tragédia que envolveu um avião Convair e uma banda saída de Jacksonville, Flórida, tirou a vida de três jovens músicos que estouravam nas paradas norte-americanas. Estou falando do Lynyrd Skynyrd, grupo de southern rock formado em 1972, que contava com o talento do vocalista, compositor e líder do grupo, Ronnie Van Zant.

Sua repentina ascensão na década de 70 foi consolidada através de sucessos marcantes como “Gimme Back My Bullets”, “Free Byrd”, “That´s Smell” e principalmente “Sweet Home Alabama”, uma das músicas mais ouvidas no mundo.

A inovação trazida por esses “caipiras” da Flórida estava no fato da banda ser o primeiro grupo de rock a tocar com três guitarristas simultâneas já a partir de seu primeiro álbum “Pronounced Leh-Nerd Skin-Nerd” de 1973.

Tipicamente americana e com fortes influências do blues e country, o Lynyrd Skynyrd produziu mais quatro álbuns até 1977, “Second Helping”(1974), Nuthi´n Fancy(1975), "Gimme Back my Bullets"(1976) e “Street Survivor”(1977).

Em 20 de outubro de 1977 o avião do grupo, um Convair 240, partia do estado do Mississipi em direção a Louisiana, quando por falta de combustível caiu em um pântano na cidade de Gillsburg. O vocalista Ronnie Van Zant, o guitarrista Steve Gaines e o empresário da banda Dean Kilpatrick morreram na hora. A irmã de Gaines, Cassie, também morreu no acidente onde mais cinco pessoas sofreram graves lesões.

Passado o trauma, o grupo voltou à ativa em 1991 sob a batuta de Jhonny Van Zant, irmão do ex-vocalista. O grupo regravou clássicos da banda, mas não teve a mesma projeção obtida pela formação original.

Falando em desastres aéreos, não é possível deixar de citar a morte do jovem músico Ritchie Valens. Com descendência mexicana, o músico nascido em Pacoima, Califórnia, era considerado por muitos, como um dos maiores nomes do rock dos anos 50, ao lado de Elvis Presley, Buddy Holly e Little Richard.

Com uma trajetória meteórica, Valens compôs, em apenas um ano de carreira, sucessos como “Donna”, "Ritchie's Blues”, “Come on let´s go” e seu maior hit “La Bamba”. Por ironia do destino, o gosto de virar uma estrela durou pouco para o garoto saído dos subúrbios de Los Angeles e no dia 2 de fevereiro de 1959 o avião monomotor Beechcraft Bonanza ,em que viajava acompanhado do músico Buddy Holly,caiu durante uma tempestade de neve logo depois de decolar do aeroporto de Clear Lake, Iowa, matando o cantor de apenas dezoito anos.

Além de Ritchie, Buddy Holly, ídolo do rockabilly e um dos pais do rock and roll, autor de canções com "That'll Be The Day", Peggy Sue" e "Not Fade Away", também faleceu, destruindo em uma viagem a carreira de dois "monstros" da música.

Há pouco tempo o vocalista do Motorhead, Lemmy Kilmister, citou Ritchie Valens ao falar de uma turbulência que pegou em um vôo no México: “Por um momento vi a imagem de Valens na minha frente, mas por sorte de tudo certo e o piloto pousou com tranqüilidade”. Entre vários músicos, é comum reverenciar Ritchie durante a decolagem e após a aterrissagem de aeronaves de turnê.

As tragédias ocorridas com Ritchie Valens e o Lynyrd Skynyrd deixaram um vácuo em suas carreiras e permitiu aos fãs imaginar o que estes brilhantes músicos teriam criado caso suas trajetórias não fossem subitamente encerradas. Um vôo que partiu do sucesso em direção a imortalidade que foi alcançada com a valorização de suas obras após os desastres.Uma mística pairou sobre as causas dos desastres e seus álbuns passaram a ser mais procurados ainda, gerando uma enorme idolatria pós-morte e muitas lendas em torno dos incidentes.

Já dizia a frase:“Para um ídolo ficar eternamente na memória de seus fãs, ele deve morrer no momento em que sua carreira chegar ao ponto mais alto”. E foi do alto que o rock perdeu duas de suas maiores referências na música dos anos 50 e 70.

Dica da Semana - Sister Hazel - Sister Hazel(1994)

Com doze anos de estrada, o Sister Hazel já pode ser considerado uma banda bem consolidada dentro do cenário do pop-rock mundial. Isso se deve ao grande sucesso que o grupo foi conquistando ao longo de sua carreira, principalmente dentro dos Estados Unidos.

Formado por cinco amigos, a banda saiu da Florida para ganhar o mundo e hoje possui várias músicas incluídas em trilhas sonoras de filmes como “O Endiabrado” e “As 10 coisas que mais odeio em você”.

Seu som é uma mescla de estilos como blues, country, folk e reggae, e coloca o conjunto dentro de uma tendência do rock adolescente americano, como bandas como Blues Traveler e Counting Crows, que procuram fazer de um som alegre e bem resolvido.

A banda, que possui cinco álbuns, o último lançado este ano com o nome de "Absolutely", entrou para o cenário musical em 1994 com um trabalho auto-intitulado que logo ganhou visualidade, principalmente por parte do público adolescente.

O álbum conta com um dos maiores sucessos da banda, "All for you", que foi posteriormente regravada no seu segundo trabalho "Somewhere more Familiar", chegando à décima primeira posição no ranking americano de 1995.

Sua pegada reggae pode ser notada na faixa "Little Things", assim como o country-folk de "Will not Follow" e "Used to Run", ambas com inserções de gaita e um toque western. A primeira composição da banda, "Fill it", também é a primeira faixa do álbum, que conta também com uma homenagem a Sam Cooke, que compôs o sucesso dos anos 60 "Bring it on Home", regravada pelos Animals e que fecha o primeiro trabalho do Hazel. Rock jovem e inspirador.

Membros:

Ken Block – vocais , guitarra acústica
Jett Beres - baixo
Andrew Copeland - guitarra, vocais
Ryan Newell – guitarra base
Mark Trojanowski - bateria

terça-feira, outubro 17, 2006

Poem History - The Who


Eu posso ver de longe (I Can See for a Miles) que o mundo está mudando.Infelizmente, mudando pra pior. Está ficando mais perigoso (Dangerous). Mais sombrio. Mais desgastado.
Nós vivemos hoje entre o céu e o inferno (Heaven and Hell).Entre o bem e o mau. O amor está acabando (Love is Coming Down) e ninguém faz nada pra mudar as coisas. A ganância e a ignorância destroem nosso mundo e nossos corações. Por mais que lutemos contra a pobreza e a injustiça, pouco conseguimos mudar (Too much of Anything).Tommy, você acha que isto é certo? (Do You Think It´s Alright?)
Tiros, bombas, mísseis. Faíscas (Sparks) de um mundo violento e intolerante. Somos vítimas do poder, do dinheiro, dos negócios (Bargain). Morremos aos poucos.
O ar que respiro não é mais o mesmo. A água (Water) que bebo não é mais a mesma. Até meu sorriso não é mais o mesmo. Olho o mundo a minha volta e pergunto: Quem é você? (Who are You?) O que você se tornou?
Choro ao ver aonde chegamos. Meu avô dizia que um homem é um “homem”(A Man is a Man) e por isso não deveria chorar. Eu não concordo! Chore também, se quiser! (Cry if You Want) Chorar é a maneira mais pura e fácil (Pure and Easy) que podemos expressar a dor da perda, da revolta, da insatisfação com o que fizeram com nosso mundo.
Certa vez, um mago (Pinball Wizard) e uma rainha (Acid Queen) vieram até mim e disseram para eu sempre acreditar nas crianças, pois as crianças sempre estão certas. (The Kids Are Alright) Elas são o futuro. A esperança. Elas são os substitutos (Substitute) da nossa geração (My Generation). Só elas podem consertar o que fizemos de errado. Por trás de seus olhos azuis (Behind Blue Eyes), verdes e castanhos, se esconde uma enorme força que irá salvar a humanidade. Eu sei que é difícil (It´s Hard), mas acredite!
Eu sou apenas um só (I´m One) no meio da multidão. Mal conheço a mim mesmo (I Don´t Even Know Myself), quanto mais o resto do mundo. Só sei que está tudo errado. Ainda bem que ainda sou livre (I´m Free) e você também. Precisamos fazer algo rápido!
Tommy, você pode me ouvir? (Tommy Can You Hear Me?) Se puder, pegue logo suas coisas e fuja para bem longe. Corra, corra, corra (Run,Run,Run) e não olhe para trás (Don´t Look Away). O som pode ter terminado (The Song is Over) mas a esperança de um mundo melhor ainda vive com você. Acredito em você! Salve-nos, Tommy!

quinta-feira, outubro 12, 2006

Atrás da porta, o fim

A excentricidade e a busca por provações que fogem do conceito de normalidade, foram um diferencial entre vários artistas, não restringindo isso apenas ao campo musical. A tendência em vivenciar conflitos internos cada vez mais intensos, permitiu com que muitos deles conseguissem alcançar um grau altíssimo de degradação física e psicológica, sustentada por intermédio de drogas, álcool e outros combustíveis viciantes.

Muitos músicos procuram nas drogas a fonte para inspiração de sua arte. Keith Richards, declaradamente viciado em maconha declara abertamente: ”Nunca tive problemas com as drogas. Tive problemas com a polícia.”, e completa “O segredo da minha longevidade é o fato de usar drogas de qualidade”.

Não haveria espaço neste blog para comentar sobre todos os músicos envolvidos com entorpecentes, mas um em especial supera todos os limites da auto destruição: Jim Morrisson.

Há quem diga que para um ídolo ficar eternamente na memória dos fãs ele precisa morrer no auge de sua carreira, e Jim fez isso muito bem! Após o sucesso obtido com sua banda em primeiro álbum, auto entitulado “The Doors”, de 1967, Jim iniciou uma seqüência de provações, cada vez mais destrutivas, envolvendo forte uso de ácidos barbitúricos e álcool.

Rebelde sem causa? Deixo a pergunta no ar para o leitor chegar as suas próprias conclusões ao final deste texto.

Morrisson cresceu na Califórnia em uma família de classe média. Durante sua a infância, contou com a ausência da figura seu pai, que participou como piloto de aeronaves durante a Segunda Guerra Mundial.

Quando tinha quatro anos, presenciou um acidente que marcou sua vida. Vários índios que trabalhavam como “bóias-frias” morreram durante o choque de dois caminhões em uma estrada que liga Santa Fé a Albuquerque. A imagem da tragédia ficou para sempre na mente de Jimbo, que descreve o momento como “o mais importante de toda sua vida”. Daí, parte seu lado espiritualizado, envolvido com o xamanismo e a cultura indígena.

Mesmo ausente, seu pai, George S. Morrisson, quando estava por perto, buscava se aproximar de Jim, que agia de maneira arredia e não permitia um entendimento familiar. Sempre agiu como seus pais estivessem “mortos”, porém eles eram figuras com carreiras estáveis e respeitáveis (a mãe de Jim era funcionária pública), consumidores do “american way of life”.

Morrisson ingressou na faculdade de arte e cinema da Universidade da Califórnia em Los Angeles. Lá encontrou um ambiente que lhe permitiu aprimorar seu conhecimento literário para expor seu pensamento contrário ao mundo em que vivia. Sua fonte de inspiração estava em obras de poetas franceses e no romancista William Blake, um escritor inglês radicado nos Estados Unidos, tido como o pai do romance cerebral, com livros onde expõe seu ceticismo quanto ao futuro do mundo, e que são repletos de considerações morais. Seu romance, “As portas da percepção”, inspirou Morrisson até no nome da banda.

Jim não respeitava limites. Durante seus shows, arrotava no microfone, xingava o público e chegou até a mostrar seu pênis para a platéia em Miami. O constante uso de álcool e ácidos, antes e depois de suas apresentações, o levaram para a delegacia várias vezes. Seus próprios companheiros deixam bem claro a admiração pelo talento do cantor e compositor, porém, quanto ao seu comportamento os três doors são unânimes “Ele estava nos frustrando com sua autodestruição”, ressalta o baterista John Desdenmore.

Para quem dizia que se via como “um cometa enorme e feroz” ou dizia:"Sou o Rei Lagarto, posso fazer tudo", Jim mostrava seu definhamento moral e físico. Em 1969, após o lançamento de “The Soft Parade”, álbum sem muita inspiração, Morrisson reaparece barbudo e gordo, trazendo na sua imagem o retrato de sua decadência. Os críticos acreditavam que os Doors estavam no fim, porém Morrison Hotel (1970) e L.A. Women (1971) resgatam o prestígio e as raízes blues da banda.

Após as gravações do último álbum, Morrisson decide viajar para Paris, onde busca se encontrar com seu lado mais poético. No dia 3 de julho de 1971 é encontrado morto em uma banheira, por sua namorada Pámela Courson. O cantor, que renegou a presença de seus pais durante toda sua carreira também foi desprezado por eles, e acabou sendo enterrado em Paris mesmo.

O que Jim fez do seu corpo através de suas viagens lisérgicas é o que muitos até têm vontade de fazer mas não possuem coragem para concretizar. Seu desgosto pelas contradições do mundo em que vivia, seus conflitos internos e a negação de sua família fizeram com que ele se isolasse em uma redoma, caminhando sozinho rumo a uma porta que o levou ao fim, como no conto “A porta na parede” de H.G. Wells, onde um homem, na busca por um mundo mágico e repleto de maravilhas, acaba por encontrar a morte ao transpor uma porta amaldiçoada.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Flash




O Rush inicia a produção de um novo trabalho em estúdio, com previsão de lançamento para 2007. O trio canadense ainda não definiu o título do álbum , mas já possui nove composições de um total de doze, como prevê o guitarrista Alex Liffeson.



Outra banda que também têm lançamento marcado para 2007 é o The Who. Mesmo sem metade da formação original, após as mortes de Keith Moon e John Entwhistle, a banda inglesa vai para estúdio e prepara o álbum "Endless Wire". Faixas como "Mike Post Theme" ,"Man in a Purple Dress", "Wire and Glass", com seus 29 minutos da versão completa, estarão no lançamento. O grupo ainda pretende sair em turnê pelo mundo e shows na América do Sul são cogitados. Pete Townshend e Roger Daltrey, mesmo com uma aparência mais "cansada", fruto da idade avançada, contiuam fazendo um som de primeira e contam com o baixista Pino Palladino, John "Rabbit" Bundrick nos teclados, Simon Townshend, guitarrista e irmão de Pete, e o baterista Zak Starkey, filho do beatle Ringo Starr.



O Black Sabbath busca voltar à atividade e boatos contam que Ronnie James Dio foi convidado por Tommi Iomi para voltar aos vocais da banda. Fora do grupo desde o álbum "Dehumanizer" de 1992, Dio é o mais cotado para substituir Ozzy Osborne no grupo que conta com sua formação original, com o baixista Geezer Butler e o baterista Bill Ward. O único problema do retorno do Sabbath é o próprio nome da banda, que por problemas legais envolvendo gravadoras e o próprio Ozzy, pode retornar com o nome de "Heavens and Hell", nome da canção que consagrou Dio pelo grupo em 1980.



O grupo inglês The Cult fará shows no Brasil no final do ano. Com a presença do vocalista Ian Astbury e do guitarrista Billy Duffy, membros fundadores, a banda passará em dezembro por São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Dica da Semana - Triumph - Rock and Roll Machine (1977)

Com um som que está entre o hard e o progressivo, a banda canadense Triumph, se coloca entre uma das mais influentes do final dos anos 70.

Formado em Toronto em 1975,o grupo está ao lado de bandas com Rush e Saga como difusoras do bom rock canadense. Trio formado pelo baterista Gil Moore , o baixista Mike Levine e o excelente guitarrista e volcalista Rick Emmet.

Descrito pelos seus próprios integrantes como uma banda que flutua entre Emerson, Lake and Palmer e The Who, o conjunto mistura uma pegada forte de bateria, caracterista do hard rock, com um estilo psicodélico.

Após o lançamento do seu primeiro álbum "In the Begginig", em 1976, o trio canadense parte para uma linha mais voltada para o progressivo e grava "Rock and Roll Machine" em 1977.

Logo na faixa de abertura, a explosiva "Takes Time" dá o tom do álbum, cheio de pegada e solos potentes, algo que pode ser verificado também em "Little Texas Shaker" e na faixa título, "Rock and Roll Machine".

"Rocky Mountain Way", regravação do clássico de Joe Walsh, é uma canção que puxa para o blues sem perder o toque hard, dando uma quebrada na pegada semi-progressita do álbum.

Tanto em "New Yor City Streets"partes 1 e 2 com em "Bring it Home", características progressistas se mostram evidentes, influência talvez dos compatriotas do Rush, já que em alguns momentos é possível encontrar traços da voz de Geddy Lee, vocalista do Rush, nos agudos emanados por Emmet. Em "New York City Streets", Emmet fala sobre o cotidiano de uma cidade cheia de beleza e impessoalidade; onde é cada um por si, "Here is new york town baby, You don't trust no-one".

Por fim, a clássica "City", dividida em três partes:As intrumentais "War March", melodia de certa forma melancólica e "El Duende Agonizante", uma música flamenca dedilhada de forma magnífica por Emmet em seu violão. Fechando, "Minstrel´s Lament", uma viagem psicodélica com uma batida pulsante, caracterísca de Gil Moore.

A banda ainda lançaria mais 13 álbuns e hoje comemora seus 31 anos de carreira.Vale a pena conferir "Rock and Roll Machine"!

Deuses Pagãos

Por trás de inumeros acordes, solos e riffs, existe um ser poderoso e peculiar dentro do universo do rock: o guitarrista. Esse indivíduo, tão reverenciado e aclamado, é o progenitor de sonhos, aquele que concretiza solos inimagináveis, harmoniza da forma mais completa a melodia e quando consegue agregar técnica com atitude acaba por se tornar praticamente um deus do rock.

Vários deles surgiram durante os quase sessenta anos do rock. Nomes como Jimmy Page. Jimi Hendrix, Tommy Iomi, Richard Blackmore, Jeff Beck, Buddy Guy, Carlos Santana, Eric Clapton, Peter Townshend entre tantos outros, fizeram com que o posto de guitarrista se torna-se algo sobre-humano, superior aos demais instrumentistas do rock.

A idolatria da guitarra faz com que o homem por trás dela se torne uma encarnação do espírito do rock, aquele que tem o poder de materializar sons que o público sempre quis ouvir. Hendrix por exemplo dizia: "Meu negócio não é falar, mas sim tocar", evidenciando que a manifestação dos seus riffs e solos podem dizer muito mais do que suas letras. Já Jeff Beck sempre buscou um jeito mais "selvagem" de tocar, angariando fãs do seu estilo "quebra tudo". Ritchie Blackmore, ex-Deep Purple,considera que o músico tem sempre que se aperfeiçoar e improvisar para não cair na mesmisse:"Eu acho o blues muito limitado.Com todo respeito ao BB King,você não pode tocar apenas quatro notas e se sentir completo."

A verdade é que as seis cordas da guitarra têm o poder de mexer com o ego dos réles mortais. Paul Stanley do Kiss, revelou em uma entrevista:"Sou um Deus, mas sou um deus humilde!", mostrando como o sucesso pode subir à cabeça, mesmo em tom de ironia.

Estrelismos à parte, os guitarristas em geral são muito complexos. Eles se odeiam ao mesmo tempo que se amam. Muitos elogiam o trabalho e a influência dos principais nomes, como no caso de Carlos Santana quando se refere à Jimmi Page, fundador do Led Zeppelin: "Ele tem um total senso de visão. Ele é o Stravinsky da guitarra". Ozzy Osborne elogia seu ex-companheiro de banda, Randy Rhoads, da seguinte forma:"Muitos guitarristas vêem a guitarra como uma extensão do seu pênis. Randy Rhoads via a guitarra como uma extensão do seu corpo!"
Em contra-partida, se Eddie Van Halen cruzar o caminho de Ace Frehley do Kiss, é capaz do dois sairem no tapa devido à tanta mágoa e críticas desferidas um contra o outro.

Em meio à modelos como Gibson. Fender e Jacksons, os guitarristas estão sempre buscando a perfeição dentro das distorções,dos solos e acordes, porém o que transforma eles em seres especias é sua atitude. É o ato de empunhar o instrumento com tesão e mostrar para o público que aquilo que estão tocando é algo único, feito de forma sincera do artista em retribuição à admiração do seu fã. É a exteriorização do mito descrito por Roland Barthes através da mensagem implícita em seus atos; um misto de competência e rebeldia.

O que seria do rock sem os excêntricos guitarristas? Em um tom de conselho, finalizo com as sábias palavras do autêntico Frank Zappa "Esporte é droga. Pratique guitarra!"

terça-feira, outubro 03, 2006

O Rock tem salvação

Quem pôde despender de mais de R$ 150,00 reais para assistir o show da banda escocesa Franz Ferdinand no último dia 17 de setembro, durante o Moto Mix Art Music 2006, com certeza, se possuísse outros cento e cinquenta reais no bolso, sairia e pagaria de novo a entrada.

Com uma apresentação que beirou a nostalgia e dislumbrou o público, o Franz mais uma vez provou que é uma das melhores bandas de rock da atualidade.

Tocando seus sucessos como "Walk Away", "Take me Out","Jacqueline", "This Boy" entre outras, os fãs ainda tiveram o privilégio de escutar ,em primeira mão, duas novas canções que serão incorporadas no novo álbum ,ainda sem título definido.

Esse tipo de apresentação é algo que faz, nós que somos amantes do bom e velho rock, nos sentirmos esperançosos com o futuro da música, pois a decadência na formação dos músicos e a disseminação de estilos dessonoros e com pouco técnica põem o rock em um quadro que beira à UTI.

Saudosismos a parte, se formos vasculhar a música dos anos 50,60 e 70 encontraremos inúmeros argumentos para esboçar que nessas épocas a qualidade sonora era muito superior à desempenhada hoje em dia, não só nos temas abordados nas suas letras, como liberdade, paz e amor, mas na composição das melodias; na valorização do talento acima de tudo. Até nos esquisitos anos 80 podemos encontrar inspiração como os ingleses do The Police e The Cure, estilos antagônicos mas com personalidade ímpar.

Não que eu seja totalmente contra o hard core ou o emo core(estilos predominantes atualmente), muito pelo contrário! Ouço e penero o que há de bom, mas vejo um surgimento desenfreado de músicos sem técnica, sem talento e com pouca inspiração em fazer arranjos de qualidade ou músicas com profundidade.

Criticar a música contemporânea foi sempre uma máxima. Até o Led Zeppelin e os Beatles foram criticados nas suas respectivas épocas, porém seu legado está presente até hoje. O mesmo não consigo vislumbrar para bandas como My Chemical Romance ou Good Charlotte, que estão no top ten das paradas, mas que não fariam falta para o rock.

O fato não é o som ter ficado mais simples. Ramones tocava de maneira simples e era sensasional. A música hoje em dia esta ficando empacotada. Igual. É difícil distinguir CPM22 de Detonautas. Culpa do pop! Culpa da mídia!

O que anima o roqueiro tradicional, aquele que curte um belo solo de guitarra, uma bateria técnica e não tão surrada, gosta de um som limpo e não um monte de chiado, são bandas que tentam resgatar no passado, influência para a sua música. Daí, podemos ver a luz no fim do túnel.

Bandas como Strokes, Jet, Franz Ferdinand, White Stripes, Radiohead e Cold Play, tem suas raízes regadas pelo melhor estilo do rock através da experimentação, do aperfeiçoamento, da busca pelo algo a mais; o fora do convencional.

O Strokes, por exemplo, tem visíveis influências associadas com o Velvet Undergroud, Blondie, The Clash e até The Doors. O Cold Play, por outro lado, traz em seu som marcas também verificadas nas composições do Pink Floyd, Flaming Lips e Echo and the Bunnymen, remetendo sempre a um paralelo comparativo entre seu som e o rock vanguardista de 60, 70 e 80. Só esse tipo de influência já permite ao artista ter base para ir além.

Cito também os já consagrados, U2, Oasis e REM, como semeadores de qualidade dentro da balburdia em que a música se encontra hoje. Grupos cinquentões como Deep Purple, Uriah Heep, Yes, Kiss, Pink Floid, Cream, Rolling Stones, Scorpions, The Who e outros, que ainda tentam fazer seu som, não com a mesma intensidade e inspiração do começo de suas carreiras, mas com o peso de quem já escreveu seu nome na história do rock, o que também é importante para a sobrevivência do estilo.

O rock está longe de morrer mas é preciso se atentar para que a influência pop, a mídia e a gravadoras não legitimem a incompetência e a acefalia dos músicos contemporâneos, dando ao público melodias cada vez mais iguais e letras sem sentido algum.

Reitero novamente meu apreço pela apresentação contagiante do Franz Ferdinand em São Paulo e espero que cada vez mais possamos nos orgulhar em ver a qualidade e o talento superar o muro erguido pela mediocridade.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Dica da Semana - Rare Amber - Rare Amber (1969)

Misturar o bom e velho blues com a batida do R&B, e transformar tudo isso em algo prazeiroso e muito sonoro, não é para qualquer banda de garagem.

É certo que a boa influência do blues inglês do final dos anos sessenta, de onde saíram Yardbirds, Rolling Stones, Cream e tantos outros, tenha ajudado na criação do som do Rare Amber.

Nessa época algumas bandas com Chuck Lewis and The Satans e Black Nights já se arriscavam na Inglaterra tocando um blues mais voltado ao rock, mas o Rare Amber vai além.

Tudo começou quando dois músicos blues,Gwyn Mathias (guitarra) e Chris Whiting (bateria), saíram da cidade de Bristol rumo à Londres onde se juntaram a Del Watkins(guitarra) and John Dover (baixo).

Após a passagem de vários vocalistas diferentes, eis que o grupo encontra a voz perfeita para seu som:Roger Cairns.O grupo ainda sofreria o desfalque de Chris Whiting na batera, que deu lugar à Keith Whiting.

Com essa formação, em 1969 o grupo lança seu primeiro e único álbum auto intitulado Rare Amber, um disco que beira o "blues raiz", porém, onde pode ser verificada a diversidade nas composições e na ousadia dos solos de guitarra.

A faixa de abertura, "Malfunction Of The Engine" é uma pura viagem por um lado mais jovial do blues, com uma batida mais rapida e intensa. O blues clássico é notado em "Custom Blues" e "Blues Never Die", onde a influência dos grandes nomes do blues como Robert Lockwood Jr,Robert Johnson e Moody Waters se faz presente.

Em determinados momentos o álbum fica com uma cadência mais leve com as excelentes "Solution", "Night Life" e "It´s Hurt me Too", que possuem um elo muito forte com "Train Kept a Rolling " dos Yardbirds, som ideal para um jogo de poker com os amigos.

Os dois grandes hits do álbum são, a já citada "Malfunction of the Engine" e "Heartbreak", essa última mais vibrante e dançante.

Infelizmente, a banda chegou ao fim ainda em 1969, deixando apenas este álbum na história. Seus membros seguiram suas carreiras solo mas nunca fizeram muito sucesso fora do Rare Amber, blues inglês da mais alta qualidade.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Poem History - Led Zeppelin



Me sinto atordoado e confuso (Dazed and Confiused) como se minha comunicação com o mundo externo estivesse quebrada (Communication Breakdown) após você ter ido embora.
Todos bons e maus momentos (Good Times, Bad Times) fazem sempre a batida do meu coração (Heartbreaker) acelerar por causa de todo meu amor por você! (All my Love)
Ainda sinto sua presença! (Presence) Em casa, suas coisas permanecem intactas. Tudo permancece igual. Até o som permanece o mesmo. (The Song Remains the Same) Mas fazer o que? Assim é a vida! (That´s the Way)
Desde que passei a amar você, (Since I´ve been Loving You) eu me vejo perdido, como se estivesse ao lado de uma montanha negra (Black Mountain Side) rumando para seu cume. Lá, avisto um cão negro (Black Dog) que guarda uma forca. (Gallow Pole) Não quero me enforcar! Prefiro saltar do alto da montanha rumo ao infinito! (Misty Mountin Hope)
Deixo para trás todo nosso amor. (Whole Lotta Love) Deixo para trás nossos amigos, (Friends) nossos sonhos, nossa paz, nossa história.
Abro os olhos e me deparo com uma linda escada que me levará aos céus. (Stairway to Heaven) Lá, encontrarei você! Estará junto a casa dos santos (House of the Holy) sorrindo bela como sempre.
Não diga que noso amor nunca deveria ter acontecido. (What Is and What Should Never Be) Foi bom enquanto durou. Mas eu também tenho que te deixar! Preciso te esquecer! Não adianta travar esta batalha comigo mesmo! (The Battle of Evermore)
Obrigado (Thank You) por tudo amor!
Estou indo para a Califórnia(Going to California) recomeçar minha vida!

quinta-feira, setembro 21, 2006

Dica da Semana - Kahvas Jute - Wide Open (1971)

Formado em 1970 na Austrália, o Kahvas Jute pode ser vista por alguns como mais uma banda setentista que aproveitou o embalo da onda Hard Rock para poder fazer seu som, porém, o quinteto é muito mais do que isso.

Com um som agradável e com pitadas de psicodelia, o Kahvas Jute possui atitude suficente para se colocar entre as grandes aparições do rock australiano da época.

A banda era composta pelo baixista Bob Daisley e pelos guitarristas Dennis Wilson e Tim Gaze. Na bateria, Dannie Davidson, e fechando o time, o vocalista Scott Maxey.

Em 1971 lançou seu único mas poderoso álbum, entitulado "Wide Open", com o selo da Infinity. Dentre suas nove faixas, destaco as músicas "Free", "Up there" e "Parade of Fools", onde a harmonia entre vocais, violão e guitarra se mostra presente.

Em 1974 o grupo chegou ao fim e seus integrantes seguiram suas carreiras solo. O baixista Bob Dasley, por exemplo, participou do Rainbow ao lado de Richie Blackmore (ex-Deep Purple) e também gravou o álbum "Bllizzard of Oz", primeiro trabalho de Ozzy Osbourne depois de sua saída do Black Sabbath.

Poem History - KISS

Beth, (Beth)

Eu assisto nosso fim com um copo de gin gelado nas mãos (Cold Gin) ouvindo rock and roll a noite toda. (Rock and Rol all Night)
Eu sei que eu fui feito para amar você (I Was Made for Love You) mas gostaria de saber: Você me ama? (Do You Love Me?)
Eu acho que estou caminhando como um cego (Goin Blind) e você, com certeza, sabe de alguma coisa (Sure Know Something) que pode mudar nosso destino para sempre! (Forever)
Você precisa saber que eu sempre amarei você (I Still Love You) mesmo que caia fogo dos céus (Heaven’s On Fire) durante cem mil anos (100.000 Years) ou que o Deus do Trovão (God of Thunder) desça à Terra para me punir.
Grite! Eu adoro seu grito. (I Love it Loud) Me chame de maldito, (Unholy) mas me deixe saber (Let me Know) o que se passa com você! Eu apenas gostaria de saber isso! (I Just Wanna)
Todas vezes que olho para você (Every Time I Look at You) me sinto um parasita (Parasite) por ter falhado contigo.
Você! Logo você, que me chamava de doutor do amor (Calling Dr. Love) e dizia que nós eramos um só apenas! (We are One) Você sempre foi única. Ímpar. Um diamante negro pra mim! (Black Diamond)
Gostaria de gritar muito alto (Shout it Loud) pra todos ouvirem que te amo pois não tenho mais nada a perder. (Nothing to Loose) As criaturas já rondam meus pesadelos toda noite. (Creatures of the Night) Eu acho que estou morrendo vitima da arma que virou o nosso amor ! (Love Gun)
O que eu mais quero, é ver você hoje a noite, (See you Tonight) e fazer amor com você! (Making Love)

Beth, volte pra casa! (Comin Home)

domingo, setembro 03, 2006

Os 35 anos anos do brilhante Who´s Next

Enquanto o novo álbum do The Who, Endless Wire , com previsão de lançamento para 31 de outubro, não é lançado, um dos seus maiores sucessos completa 35 anos: o álbúm Who´s Next.

Lançado em 2 de agosto de 1971, o álbum é formado por composições que seriam lançadas no projeto Lifehouse, vislumbrado por Pete Townshend para ser lançado em 1970 como mais uma inovação do conceito de se fazer rock.O projeto não saiu do papel e algumas composições ficaram encubadas em estúdio.

Após a ópera-rock Tommy de 69, o The Who passa a buscar algo maior do que apenas lançar composições esparsas e passa a fazer dos seus álbuns, produtos mais conceituais.Who´s Next não é propriamente um álbum conceitual, porém possui um encadeamento perfeito das músicas, com uma ótima escolha na ordem das faixas. É forte, vibrante e ao mesmo tempo sutil, o que o torna um dos melhores albuns da história do rock.

Baba O'Riley já inicia o álbum mostrando a força do som do Who. A inserção de sintetizadores e a voz nervosa de Roger Daltrey fazem da canção um dos maiores clássicos do rock. Tanto a primeira faixa quanto a canção The Song Is Over, são faixas remanescentes do projeto Lifehouse, por isso seu teor forte e saudosista.

Bargain, a segunda faixa, apresenta uma batida invadora com duas palmas para quatro batidas, algo até então pouco usado no rock and roll. A balada Love Aint for Keeping se caracteriza por quebrar o ritmo irado das duas primeiras faixas, algo muito parecido como ocorre em Getting in Tune. Destaque também para Won't Get Fooled Again , Pure And Easy , Baby Don't You Do It e Naked Eye que abusam otimos arranjos, solos de guitarra e letras vigorosas.

Tanto I Don't Even Know Myself como Water foram canções apresentadas pelo grupo no Isle of Wight Festival em 1970 e que foram incorporadas ao Who´s Next, sendo que as duas junto com Baba O´Riley e The Song is Over formam a espinha dorssal do álbum.

Para completar, a poética Too Much Of Anything é uma música calma e que foge do estilo Who de sair quebrando tudo. Além disso, o Who´s Next também conta com a música que foi uma das grandes marcas do conjunto: Behind Blue Eyes , um dos símbolos da geração hippie dos anos 70.

Sem dúvida, Who´s Next é um álbum que não pode faltar na coleção de nenhum amante do bom e velho rock ando roll. A genealidade de Pete Townshend e Keith Moon aliada ao talento de Jhon Eintwistle e a voz marcante de Roger Daltrey fazem deste disco o maior da carreira do Who e um dos mais perfeitos da história da música

domingo, agosto 27, 2006

O Retorno do Queen



Quem diria, mas o Queen está de volta! Após a morte de Freedie Mercury, em 1991, a banda passou por um período de ostracismo até retornar no final dos anos 90 com a presença do cantor britânico Robbie Williams em apresentações que não agradaram os fãs. Além de Williams, Gary Cherone, (ex-Extreme) George Michael já soltaram a voz na banda, mas nenhum deles chegou aos pés de Mercury.

Surge agora a notícia que o Queen prepara o lançamento de um novo álbum com canções inéditas.Encabeçando o projeto está o guitarrista Bryan May, que convidou Paul Rodgers, ex-integrante do Free e Bad Company, para o comando dos vocais. Roger Taylor se mantêm firme na batera da banda, que não conta mais com o baixista Jhon Deacon, já aposentado dos palcos.

Paul Rodgers se caracteriza por um vocal suave e rasgado, marcas que fizeram do Free e do Band Company bandas referências dos anos 60 e 70. Rodgers já foi indicado ao Grammy pelo seu álbum solo "Muddy Water Blues" e por seu trabalho no Bad Company.
Essa é a aposta de May para fazer o Queen ressurgir das cinzas. É claro que por mais competência e carisma que Rodgers tenha, ele nunca irá substituir Mercury. Nem é a pretenção da banda.

A pergunta que fica no ar é: por quê não mudam o nome do grupo então? Isso eliminaria muitas comparações e preconceitos para com o som produzido por eles. A inistência de Brian May no renascimento do Queen parece ser uma obsessão e pode influenciar um trabalho que sem dúvida tem tudo para ser de qualidade. Custa inventar um novo nome para uma banda que não conta mais com seu baixista original e com seu maior ídolo e líder? Essa pergunta deverá ser respondida no ano que vem, quando o Queen lançar seu novo trabalho.