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quinta-feira, outubro 05, 2006

Deuses Pagãos

Por trás de inumeros acordes, solos e riffs, existe um ser poderoso e peculiar dentro do universo do rock: o guitarrista. Esse indivíduo, tão reverenciado e aclamado, é o progenitor de sonhos, aquele que concretiza solos inimagináveis, harmoniza da forma mais completa a melodia e quando consegue agregar técnica com atitude acaba por se tornar praticamente um deus do rock.

Vários deles surgiram durante os quase sessenta anos do rock. Nomes como Jimmy Page. Jimi Hendrix, Tommy Iomi, Richard Blackmore, Jeff Beck, Buddy Guy, Carlos Santana, Eric Clapton, Peter Townshend entre tantos outros, fizeram com que o posto de guitarrista se torna-se algo sobre-humano, superior aos demais instrumentistas do rock.

A idolatria da guitarra faz com que o homem por trás dela se torne uma encarnação do espírito do rock, aquele que tem o poder de materializar sons que o público sempre quis ouvir. Hendrix por exemplo dizia: "Meu negócio não é falar, mas sim tocar", evidenciando que a manifestação dos seus riffs e solos podem dizer muito mais do que suas letras. Já Jeff Beck sempre buscou um jeito mais "selvagem" de tocar, angariando fãs do seu estilo "quebra tudo". Ritchie Blackmore, ex-Deep Purple,considera que o músico tem sempre que se aperfeiçoar e improvisar para não cair na mesmisse:"Eu acho o blues muito limitado.Com todo respeito ao BB King,você não pode tocar apenas quatro notas e se sentir completo."

A verdade é que as seis cordas da guitarra têm o poder de mexer com o ego dos réles mortais. Paul Stanley do Kiss, revelou em uma entrevista:"Sou um Deus, mas sou um deus humilde!", mostrando como o sucesso pode subir à cabeça, mesmo em tom de ironia.

Estrelismos à parte, os guitarristas em geral são muito complexos. Eles se odeiam ao mesmo tempo que se amam. Muitos elogiam o trabalho e a influência dos principais nomes, como no caso de Carlos Santana quando se refere à Jimmi Page, fundador do Led Zeppelin: "Ele tem um total senso de visão. Ele é o Stravinsky da guitarra". Ozzy Osborne elogia seu ex-companheiro de banda, Randy Rhoads, da seguinte forma:"Muitos guitarristas vêem a guitarra como uma extensão do seu pênis. Randy Rhoads via a guitarra como uma extensão do seu corpo!"
Em contra-partida, se Eddie Van Halen cruzar o caminho de Ace Frehley do Kiss, é capaz do dois sairem no tapa devido à tanta mágoa e críticas desferidas um contra o outro.

Em meio à modelos como Gibson. Fender e Jacksons, os guitarristas estão sempre buscando a perfeição dentro das distorções,dos solos e acordes, porém o que transforma eles em seres especias é sua atitude. É o ato de empunhar o instrumento com tesão e mostrar para o público que aquilo que estão tocando é algo único, feito de forma sincera do artista em retribuição à admiração do seu fã. É a exteriorização do mito descrito por Roland Barthes através da mensagem implícita em seus atos; um misto de competência e rebeldia.

O que seria do rock sem os excêntricos guitarristas? Em um tom de conselho, finalizo com as sábias palavras do autêntico Frank Zappa "Esporte é droga. Pratique guitarra!"

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