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terça-feira, outubro 03, 2006

O Rock tem salvação

Quem pôde despender de mais de R$ 150,00 reais para assistir o show da banda escocesa Franz Ferdinand no último dia 17 de setembro, durante o Moto Mix Art Music 2006, com certeza, se possuísse outros cento e cinquenta reais no bolso, sairia e pagaria de novo a entrada.

Com uma apresentação que beirou a nostalgia e dislumbrou o público, o Franz mais uma vez provou que é uma das melhores bandas de rock da atualidade.

Tocando seus sucessos como "Walk Away", "Take me Out","Jacqueline", "This Boy" entre outras, os fãs ainda tiveram o privilégio de escutar ,em primeira mão, duas novas canções que serão incorporadas no novo álbum ,ainda sem título definido.

Esse tipo de apresentação é algo que faz, nós que somos amantes do bom e velho rock, nos sentirmos esperançosos com o futuro da música, pois a decadência na formação dos músicos e a disseminação de estilos dessonoros e com pouco técnica põem o rock em um quadro que beira à UTI.

Saudosismos a parte, se formos vasculhar a música dos anos 50,60 e 70 encontraremos inúmeros argumentos para esboçar que nessas épocas a qualidade sonora era muito superior à desempenhada hoje em dia, não só nos temas abordados nas suas letras, como liberdade, paz e amor, mas na composição das melodias; na valorização do talento acima de tudo. Até nos esquisitos anos 80 podemos encontrar inspiração como os ingleses do The Police e The Cure, estilos antagônicos mas com personalidade ímpar.

Não que eu seja totalmente contra o hard core ou o emo core(estilos predominantes atualmente), muito pelo contrário! Ouço e penero o que há de bom, mas vejo um surgimento desenfreado de músicos sem técnica, sem talento e com pouca inspiração em fazer arranjos de qualidade ou músicas com profundidade.

Criticar a música contemporânea foi sempre uma máxima. Até o Led Zeppelin e os Beatles foram criticados nas suas respectivas épocas, porém seu legado está presente até hoje. O mesmo não consigo vislumbrar para bandas como My Chemical Romance ou Good Charlotte, que estão no top ten das paradas, mas que não fariam falta para o rock.

O fato não é o som ter ficado mais simples. Ramones tocava de maneira simples e era sensasional. A música hoje em dia esta ficando empacotada. Igual. É difícil distinguir CPM22 de Detonautas. Culpa do pop! Culpa da mídia!

O que anima o roqueiro tradicional, aquele que curte um belo solo de guitarra, uma bateria técnica e não tão surrada, gosta de um som limpo e não um monte de chiado, são bandas que tentam resgatar no passado, influência para a sua música. Daí, podemos ver a luz no fim do túnel.

Bandas como Strokes, Jet, Franz Ferdinand, White Stripes, Radiohead e Cold Play, tem suas raízes regadas pelo melhor estilo do rock através da experimentação, do aperfeiçoamento, da busca pelo algo a mais; o fora do convencional.

O Strokes, por exemplo, tem visíveis influências associadas com o Velvet Undergroud, Blondie, The Clash e até The Doors. O Cold Play, por outro lado, traz em seu som marcas também verificadas nas composições do Pink Floyd, Flaming Lips e Echo and the Bunnymen, remetendo sempre a um paralelo comparativo entre seu som e o rock vanguardista de 60, 70 e 80. Só esse tipo de influência já permite ao artista ter base para ir além.

Cito também os já consagrados, U2, Oasis e REM, como semeadores de qualidade dentro da balburdia em que a música se encontra hoje. Grupos cinquentões como Deep Purple, Uriah Heep, Yes, Kiss, Pink Floid, Cream, Rolling Stones, Scorpions, The Who e outros, que ainda tentam fazer seu som, não com a mesma intensidade e inspiração do começo de suas carreiras, mas com o peso de quem já escreveu seu nome na história do rock, o que também é importante para a sobrevivência do estilo.

O rock está longe de morrer mas é preciso se atentar para que a influência pop, a mídia e a gravadoras não legitimem a incompetência e a acefalia dos músicos contemporâneos, dando ao público melodias cada vez mais iguais e letras sem sentido algum.

Reitero novamente meu apreço pela apresentação contagiante do Franz Ferdinand em São Paulo e espero que cada vez mais possamos nos orgulhar em ver a qualidade e o talento superar o muro erguido pela mediocridade.

2 comentários:

Armando Teixeira Junior disse...

Muito bom o blog cara...textos muito bons tbm...
se precisar de colaboração estamos aew...
Tudo pela salvação do bom e velho Rock´n´roll...tava fazendo uim texto sobre o Neil Young para postar no meu blog, se interessar depois me da um toque.
grande abraço

Romano locali disse...

bom, tou ae pra mostrar que passei por aqui.... e bom, não posso comentar nada desse texto que já não tenha sido dito naquela boa mesa redonda que tivemos na noite de ontem, aniversário do nobre Jota.
concordo com praticamente tudo....
mas apesar disso ainda estou cético quanto ao futuro do rock... vejo um presente, com franz, coldplay e cia.... mas futuro?.... o que eu vejo para daqui dez anos?? vinte???
aí é uma pergunta para a qual ainda não tenho resposta

aquele abraço, azank!!
e parabéns!