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segunda-feira, outubro 23, 2006

Da queda à idolatria

Voar sempre pareceu algo corriqueiro para a maioria dos artistas que fazem shows em diferentes regiões e que não podem desperdiçar tempo para viajar de uma cidade para outra de ônibus ou trem. O meio de transporte mais seguro, rápido e eficaz já inventado pelo homem é muitas vezes a segunda casa de músicos que estão em turnê ou divulgam incessantemente seu trabalho.


Assim como o avião pode encurtar a distância entre dois pontos, ele também ocasionou tragédias que marcaram a história do rock e puseram um ponto final nas carreiras promissoras de alguns artistas.

A vinte e oito anos atrás uma tragédia que envolveu um avião Convair e uma banda saída de Jacksonville, Flórida, tirou a vida de três jovens músicos que estouravam nas paradas norte-americanas. Estou falando do Lynyrd Skynyrd, grupo de southern rock formado em 1972, que contava com o talento do vocalista, compositor e líder do grupo, Ronnie Van Zant.

Sua repentina ascensão na década de 70 foi consolidada através de sucessos marcantes como “Gimme Back My Bullets”, “Free Byrd”, “That´s Smell” e principalmente “Sweet Home Alabama”, uma das músicas mais ouvidas no mundo.

A inovação trazida por esses “caipiras” da Flórida estava no fato da banda ser o primeiro grupo de rock a tocar com três guitarristas simultâneas já a partir de seu primeiro álbum “Pronounced Leh-Nerd Skin-Nerd” de 1973.

Tipicamente americana e com fortes influências do blues e country, o Lynyrd Skynyrd produziu mais quatro álbuns até 1977, “Second Helping”(1974), Nuthi´n Fancy(1975), "Gimme Back my Bullets"(1976) e “Street Survivor”(1977).

Em 20 de outubro de 1977 o avião do grupo, um Convair 240, partia do estado do Mississipi em direção a Louisiana, quando por falta de combustível caiu em um pântano na cidade de Gillsburg. O vocalista Ronnie Van Zant, o guitarrista Steve Gaines e o empresário da banda Dean Kilpatrick morreram na hora. A irmã de Gaines, Cassie, também morreu no acidente onde mais cinco pessoas sofreram graves lesões.

Passado o trauma, o grupo voltou à ativa em 1991 sob a batuta de Jhonny Van Zant, irmão do ex-vocalista. O grupo regravou clássicos da banda, mas não teve a mesma projeção obtida pela formação original.

Falando em desastres aéreos, não é possível deixar de citar a morte do jovem músico Ritchie Valens. Com descendência mexicana, o músico nascido em Pacoima, Califórnia, era considerado por muitos, como um dos maiores nomes do rock dos anos 50, ao lado de Elvis Presley, Buddy Holly e Little Richard.

Com uma trajetória meteórica, Valens compôs, em apenas um ano de carreira, sucessos como “Donna”, "Ritchie's Blues”, “Come on let´s go” e seu maior hit “La Bamba”. Por ironia do destino, o gosto de virar uma estrela durou pouco para o garoto saído dos subúrbios de Los Angeles e no dia 2 de fevereiro de 1959 o avião monomotor Beechcraft Bonanza ,em que viajava acompanhado do músico Buddy Holly,caiu durante uma tempestade de neve logo depois de decolar do aeroporto de Clear Lake, Iowa, matando o cantor de apenas dezoito anos.

Além de Ritchie, Buddy Holly, ídolo do rockabilly e um dos pais do rock and roll, autor de canções com "That'll Be The Day", Peggy Sue" e "Not Fade Away", também faleceu, destruindo em uma viagem a carreira de dois "monstros" da música.

Há pouco tempo o vocalista do Motorhead, Lemmy Kilmister, citou Ritchie Valens ao falar de uma turbulência que pegou em um vôo no México: “Por um momento vi a imagem de Valens na minha frente, mas por sorte de tudo certo e o piloto pousou com tranqüilidade”. Entre vários músicos, é comum reverenciar Ritchie durante a decolagem e após a aterrissagem de aeronaves de turnê.

As tragédias ocorridas com Ritchie Valens e o Lynyrd Skynyrd deixaram um vácuo em suas carreiras e permitiu aos fãs imaginar o que estes brilhantes músicos teriam criado caso suas trajetórias não fossem subitamente encerradas. Um vôo que partiu do sucesso em direção a imortalidade que foi alcançada com a valorização de suas obras após os desastres.Uma mística pairou sobre as causas dos desastres e seus álbuns passaram a ser mais procurados ainda, gerando uma enorme idolatria pós-morte e muitas lendas em torno dos incidentes.

Já dizia a frase:“Para um ídolo ficar eternamente na memória de seus fãs, ele deve morrer no momento em que sua carreira chegar ao ponto mais alto”. E foi do alto que o rock perdeu duas de suas maiores referências na música dos anos 50 e 70.

Um comentário:

André Augusto disse...

Nesse acidente do Ritvhie Valens, tb morreu Buddy Holly, grande icone da decada de 50 tb...
É uma analogia interessante que vc fez...retrata bem o bom momento que viviam os dois citados...
mto bom...!